De Ana Miranda
Na Salvador do século 17, matava-se e morria-se pelos favores do império português e pelo privilégio de explorar com autorização régia. No meio da guerra entre os Viera Ravasco (do Padre Antônio Vieira) e o alcaide Teles de Menezes, está Gregório de Matos, o poeta das sátiras pornográficas que todo mundo estuda nas aulinhas de literatura. Romance quase policial, maravilhoso por reproduzir o clima de faroeste que reinava na colônia. Tinha 13 anos da primeira vez que tentei ler este livro, mas a linguagem rebuscada do barroco brasileiro me afastou na terceira página. Tem hora certa pra tudo.
(Publicado originalmente no Facebook em 7 de dezembro de 2011)
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