O desafio dos 52 livros

Um livro por semana – é basicamente isso. 29 já foram, faltam 23 até o ano acabar.

Essa meta é meio que perpétua, mas tem duas novidades esse ano.

A primeira é que eu tô contabilizando as leituras no GoodReads, pra não perder a conta (a página tem um mecanismo justamente pra isso, espia aqui). A memória é fraca e, quando se lê muito, não é difícil chegar ao fim do ano esquecendo o que se leu no começo. Em dezembro, janeiro é como uma vida inteira pra trás. Reativar esse blog tem tudo a ver com reativar o registro do que foi lido.

A segunda novidade é que eu estabeleci um método para determinar a ordem do que vou ler. Tinha muita coisa estacionada na estante há muito tempo e, sabe como é, tem sempre aquele livro novo, aquela matéria no jornal, aquela dica do amigo, aqueles finalistas daquele prêmio literário… Meus livros mais antigos não mereciam tanto desprezo e tanta poeira.

Então, resolvi: percorrer as estantes por ordem alfabética do sobrenome do autor. Se eu já não li tudo daquele determinado autor, sou obrigada a ler pelo menos um livro dele. Mas não para por ai. Tem uma ordem também pra percorrer as estantes:

1) Literatura estrangeira
2) Literatura brasileira
3) Não ficção (aí eu escolho qualquer um)

A cada três livros lidos nessa sequência, ganho como prêmio ler qualquer coisa que eu quiser (porque também, né?).

Mas pra que burocratizar a leitura, se eu podia dilmar e deixar uma meta em aberto, depois dobrar a meta quando chegasse na meta? Mas é que tem tanta coisa pra ler e tão pouco tempo disponível… No fundo, estabelecer um número e um método é uma maneira completamente arbitrária de ler o que eu já leria de toda forma – só que me fazendo descobrir mais cedo, na minha própria estante, coisas que estavam completamente fora do radar.

Nessa brincadeira, já li Guilherme de Almeida, Lobo Antunes, Jane Austen (!), Jorge Amado, Paul Auster, Isaac Bábel, Machado de Assis, Mario Benedetti, Aluízio Azevedo (!!), Ingmar Bergman, Manuel Bandeira, Lima Barreto, Roberto Bolaño, Amilcar Bettega, Rubem Braga, Ítalo Calvino e Albert Camus. Agora, é a vez de Ignácio de Loyola Brandão (Zero) e daqui a pouco chego em Elias Canetti (\o/).

Li muita coisa que não leria tão cedo e tive gratíssimas surpresas (resenhas em breve). Tanto que o desafio que inicialmente duraria só 2015 agora vai continuar 2016 adentro. Quem sabe até a letra Z de cada estante? 😉

8 comentários sobre “O desafio dos 52 livros

  1. não gosto muito desses desafios de quantidade, sei que o Brasil sofre com estatísticas de que lemos pouco, mas por vezes uma semana, pra mim não abarca com primazia um livro que seria melhor aproveitado se lido em mês todo, ou por mais tempo. acho que nem sempre o importante é o quanto se lê, mas a “qualidade” do que se lê, o que é muito pessoal. Mas prefiro demorar-me ou escolher livros que tenho a leve impressão que vão me marcar mesmo do que devorar tudo por ai. Por isso no fim do ano quando vou fazer um balanceamento dos melhores que li geralmente entram quase todos.

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    1. Oi, Nádia, pensei muito antes de me impor uma meta. Mas não leio correndo, pelo contrário. Apenas aproveito todo o meu tempo livre disponível para ler. O Desafio tinha muito menos a ver com quantidade – porque já leio mesmo uns 50 livros por ano – e muito mais com a proposta de ordenar a leitura de uma forma aparentemente arbitrária, mas que me dá a chance de ler livros que já comprei há muito tempo, mas que vinha relegando. Com isso, descobri muitos ótimos livros na minha própria estante. Além disso, não temos como saber se um livro é bom ou não até realmente lê-lo, não é? Então, pra mim, quantidade é também uma forma de descobrir a qualidade. Abraços e obrigada pela visita – espero que continue nos acompanhando!

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