Os melhores de 2018 segundo o Lombada

Este ano o Lombada bateu todos os recordes de leitura – ueba!

Desde a retomada do blog, Carlos e eu estabelecemos como meta ler pelo menos um livro por semana cada um, ou 52 no total ao longo do ano. Não que exista um apego à quantidade em si, mas ao ritmo necessário de dar conta de uma biblioteca que só aumenta a cada ano, com duas criaturas que não podem passar perto de uma livraria sem deixar estragos financeiros.

Além disso, como sempre reforçamos, o blog adere ao movimento #leiamulheres e busca ao menos equilibrar o número de leituras entre escritores e escritoras, já que, por inércia, são os livros de homens brancos que têm mais espaço nas prateleiras de livrarias e nos espaços de divulgação. O registro que fazemos pelo Goodreads nos ajuda a terminar o ano com um perfil das nossas leituras, que colocamos aqui como mera curiosidade para nossos leitores.

Este ano, lemos mais de 70 livros cada um, somando 149 leituras no total – e digo leituras porque lemos o mesmo livro em várias ocasiões, então há repetições de títulos e autores (mas somos de humanas e não vamos entrar em especificidades estatísticas). Foram 77 escritores e 72 escritoras – diferença que se deve a mim, já que Carlos cravou o mesmo número de leituras de homens e mulheres.

No quesito diversidade, chamou muito a atenção da pouca quantidade de autores negros que lemos este ano – só 18, ante a 131 brancos. Sinal de alerta: se tentamos ser atentos à questão racial no mundo, a gente deveria também, por coerência, buscar as vozes negras que se expressam na literatura.

Quanto ao gênero do que lemos, vocês vão ver uma grande discrepância: enquanto Carlos seguiu forte nos romances e contos, eu diversifiquei um pouco mais minhas leituras. Poesia nunca foi meu forte, mas tem ocupado cada vez mais meu tempo; por outro lado, voltei aos quadrinhos, que adoro, mas tinha deixado de lado nos últimos anos.

Balanço lombada

Desses quase 150 livros, selecionamos sete como os melhores do ano segundo o Lombada. E claro que toda lista é arbitrária, mas pra vocês entenderem de onde essa veio, vale tentar explicar nosso caótico método:

– Não importa quando o livro foi publicado, nosso primeiro e mais importante critério é que o título tenha sido lido ao longo do ano.
– Cada um de nós faz uma lista com pouco mais de dez livros. O número não é exato, por motivos de: às vezes é difícil desapegar.
– Os livros que coincidem nas duas listas são considerados os melhores do Lombada. Os outros contam nas listas adicionais de cada autor do blog.
– A ordem aí embaixo é aleatória, e não um ranqueamento.

Posto isso, eis os melhores livros do ano segundo o Lombada Quadrada:

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1. Caderno de memórias coloniais, Isabela Figueiredo (Todavia)

2. O enterro do lobo branco, Márcia Barbieri (Patuá)

3. Garotas Mortas, Selva Almada (Todavia)

4. Léxico familiar, Natália Ginzburg (Companhia das Letras)

5. O peso do pássaro morto, Aline Bei (Nós)

6. Dora sem véu, Ronaldo Correia de Brito (Alfaguara)

7. Zoobreviver, Eugênio Ramos Gianetti (Patuá)

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As outras escolhas de Renata:
– Adua, Igiaba Scego (Nós)
– Angola Janga, Marcelo D’Salete (Veneta)
– Oito do Sete, Cristina Judar (Reformatório)
A um passo, Elvira Vigna (Companhia das Letras)
– Bigornas, Yasmin Nigri (34)

As outras escolhas de Carlos:
Los Vigilantes, Diamela Eltit (Seix Barral)
– Inyanzi ou les cafards, Scholastique Mukasonga (edição em francês da Folio – no Brasil, o romance foi publicado pela Nós com o título Baratas)
Romance Luminoso, Mario Levrero
O pai da menina morta, Tiago Ferro
– Anna Kariênina, Liev Tolstói (Companhia das Letras)
– Minha casa é onde estou, Igiaba Scego (Nós)

Para ver tudo o que lemos este ano, chequem nossos Goodreads: Renata | Carlos

Foi o ano das pequenas editoras pra gente, e novamente o ano das mulheres. Nosso respeito aos editores que continuam batalhando nesse mercado adverso, ralando nos eventos e se virando em um milhão de funções diferentes pra fazer esses livros maravilhosos chegarem em nossas mãos. Um abraço especial a Juliana Gomes (#LeiaMulheres), Marcelo Nocelli (Reformatório), Simone Paulino (Nós), Wellington de Melo (Mariposa Cartonera) e Eduardo Lacerda (Patuá), que a gente vive encontrando em eventos literários: ❤

E um obrigado mais especial ainda aos mais de 23 mil internautas que nos visitaram este ano pelas quase 63 mil leituras. É incrível, considerando que o Lombada é só um hobby de um casal de doidos. ❤ ❤ ❤

Nos vemos em 2019!

2 comentários sobre “Os melhores de 2018 segundo o Lombada

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