As melhores leituras de 2016 segundo o Lombada

É meio inevitável fazer um balanço geral das leituras do ano, ainda mais quando o bom e velho Goodreads ajuda a deixar tudo registrado. Para os autores do Lombada, 2016 foi um ano de descoberta de “novos” autores (novos pra gente, pelo menos), de mais ficção científica e, principalmente, de uma maior presença de escritoras em nossas estantes.

Tanto eu quanto Carlos nos colocamos a meta de ler no mínimo 50% de livros escritos por mulheres esse ano. Essa decisão não teve nada de condescendência, muitíssimo pelo contrário. Cientes de que o mercado editorial é cruel com escritoras, tornamo-nos adeptos do movimento #LeiaMulheres, simplesmente para olhar com mais atenção os títulos que em geral ficam escondidos nas livrarias ou, quando muito, são relegados a nichos específicos (já escrevemos sobre isso aqui, no post de maior audiência do blog até hoje).

O resultado você confere nas nossas listas, que foram construídas apenas segundo o grau de predileção pelos livros, sem considerar o gênero dos escritores. Dos meus 14  preferidos do ano, dez foram escritos por mulheres. Para Carlos, foram sete mulheres entre 14 no total. Ou seja: vencidas as barreiras que dificultam o encontro dos leitores com escritoras, o brilho de seu trabalho fica absolutamente evidente.

Separamos em uma sessão top as leituras que coincidiram para ambos (todas mulheres!), e complementamos as listas pessoais para manter 10 títulos em cada uma (a minha ordem é aleatória, a dele é por importância). Onde tem link, veja a resenha já publicada no blog ao longo do ano.

Nos vemos em 2017!

VOTADOS PELOS DOIS 

img_20161228_0950307611-21. Desesterro, de Sheyla Smanioto (Record). Duro, cruel, lindo e poético. A leitura do ano.

2. Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf (Penguin) Acompanhando Dalloway. O outro livro do ano.

3. História de quem foge e de quem fica, de Elena Ferrante (Biblioteca Azul). Por que Elena Ferrante foi o vício de 2016. (Leia a resenha sobre o primeiro da série, A amiga genial).

4. Como se estivéssemos em um palimpsesto de putas, de Elvira Vigna (Companhia das Letras). As várias camadas dessa coisa chamada machismo.


OS MELHORES SEGUNDO RENATA

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1. Atlântico, de Ronaldo Correia de Brito.  Um caso policial (e real) sob a perspectiva do urbanismo e da realidade social dos centros urbanos.

2.  Literatura e Matemática, de Jacques Fux (Perspectiva). Leitura mais divertida do ano, esse livro me fez comprar pelo menos outros sete!

3. A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévich (Companhia das Letras). Prosa incrível, uma colcha de retalhos que dá voz aos personagens e seus traumas.

4. Todos os contos, de Clarice Lispector (Rocco). Uma oportunidade de rever contos muito queridos e conhecer outros da escritora mais complexa da língua portuguesa.

5. A mão esquerda da escuridão, de Ursula K. Le Guin (Aleph). Ficção científica humanista, gayzista e feminazi – só podia entrar na lista dos preferidos do Lombada!

6. Vinte mil léguas submarinas, de Julio Verne (Livre de Poche Jeunesse). Apaixonei pelo Capitão Nemo. Apenas.

7. Memória vegetal, de Umberto Eco (Record). Uma delícia de livro sobre livros.

8. O que os cegos estão sonhando, de Noemi Jaffe (Editora 34). Livro delicadíssimo sobre memórias herdadas.

9. Desejo, de Elfriede Jelinek (Tordesilhas). A violência do cotidiano como mulher.

10. Amada, de Toni Morrison (Vintage, para Kindle) O machismo dentro do racismo.

 

OS MELHORES SEGUNDO CARLOS

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1. Obra completa, de Murilo Rubião (Companhia das Letras). 
O realismo mágico sombrio.

2. Los sempinternos, de Ginés S. Cutillas (Editorial Base, Espanha). Barcelona e a matemática do mistério.

3. Bartleby y compañia, de Enrique Vila-Matas (Seix Barral, Espanha). A literatura do não.

4. As miniaturas, de Andréa del Fuego (Companhia das Letras). A repartição  que administra nosso sonhos. Fantástico.

5. Desnorteio, de Paula Fábrio (Editora Patuá). Diário da loucura.

6. Fahrenheit 451, de Ray BradburyPara que nunca mais se queimem livros.

7. De jogos e festas, de José J. Veiga (Companhia das Letras). A habilidade de surpreender o leitor.

8. O inferno dos outros, de David Grossman (Companhia das Letras). O inferno são os outros? Ou também é o eu?

9. O reino, de Emmanuel Carrére (Alfaguara). A história nada convencional de Paulo, o fundador do cristianismo.

10. Nossa Teresa – vida e morte de uma santa suicida, de Micheliny Verunschk (Editora Patuá). Como nascem os santos.

 

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